Publicado em 04/12/2014
Neste ano a cidade de São Paulo tornou-se referência com ações que visam o processo de ampliação da reciclagem de resíduos sólidos. E para fazer um balanço sobre as ações que estão sendo realizadas no município, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), vinculada a Secretaria de Serviços, promoveu o primeiro workshop nesta segunda-feira (1º/12) no Anhembi Parque, simultaneamente à 5ª edição da Expo Catadores.
Na ocasião dirigentes da Amlurb apresentaram o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) da cidade de São Paulo. Reelaborado em um processo participativo, por meio da IV Conferência do Meio Ambiente, a Prefeitura de São Paulo assinou o decreto 54.991/2014 que traça diretrizes para o setor nos próximos 20 anos, permitindo o desenvolvimento de ações que possibilitem o aumento da reciclagem e a redução dos resíduos atualmente dispostos em aterros sanitários. O PGIRS foi pautado de acordo com as políticas nacionais de Resíduos Sólidos, Mudanças do Clima, Educação Ambiental e a Lei Federal de Saneamento Básico.
“A conferência tratou das especificidades das 32 regiões da cidade com participação de toda sociedade. Além disso, foram realizadas 10 oficinas técnicas das cadeias produtivas justamente para discutir a logística reversa de cada setor. Portanto, esse é o momento de compartilhar o plano com vocês e apresentar as ações que já estão sendo desenvolvidas”, explicou Ana Soraya Nascimento, coordenadora de Educação Ambiental da Amlurb que ministrou o primeiro workshop.
O plano municipal prevê a hierarquia obrigatória de gestão de resíduos que pressupõe: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e a destinação final adequada.
Uma das principais metas da gestão Fernando Haddad nesse setor é a ampliação do percentual de reciclagem de resíduos secos de 2% para 10% até 2016. Ana Soraya apresentou as ações que já estão sendo realizadas como a ampliação da coleta seletiva para 10 novos distritos (atualmente são 85 que contam com a coleta parcial ou universalizada) e até início de 2015, 40 distritos contarão com a coleta seletiva em todas as ruas. Além disso, foram inauguradas duas centrais mecanizadas de triagem da Ponte Pequena e de Santo Amaro com capacidade para processar 250 toneladas/dia. A expectativa é que até o primeiro semestre de 2015 o município terá capacidade/potencial para processar cerca de 6%.
“A coleta seletiva de secos está avançando. Estamos empenhados em todo o processo desde a comunicação visual dos caminhões, panfletos e na elaboração do Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social que promoverá fóruns educadores para consumo sustentável”, relatou Ana Soraya.
O PGIRS prevê o manejo de resíduos secos por meio do fomento de novas cooperativas; quatro centrais mecanizadas de triagem (atualmente duas estão em funcionamento); ampliação da coleta seletiva para os 96 distritos da cidade; três ecoparques para segregação para reciclagem; formalização de sucateiros e catadores que não são conveniados com a prefeitura e definições para implantação da logística reversa. Além disso, o manejo de resíduos orgânicos será por meio de compostagens comunitárias, domésticas (já foram entregues 2 mil composteiras) e em feiras livres; centrais de processamentos e ecoparques para biodigestão e compostagem.
A coordenadora de educação ambiental também ressaltou outros aspectos como a contratação de verificação independente para análise do impacto do PGIRS nos contratos de concessão; a realização de censo de catadores e catadoras na cidade com a criação de dois centros de referência em economia solidária; a modernização das cooperativas com a reforma de galpões, qualificação para os cooperados e o monitoramento das condições de trabalho; apoio à organização, higiene, direitos do trabalhador.
Durante o workshop, o consultor urbanista na área de resíduos, o Tarcísio de Paula Pinto, falou sobre os novos cenários e iniciativas que estão sendo realizados nas cidades de Rio Branco, São Paulo e Carapicuíba. “É preciso ter ações que possam criar novos hábitos sustentáveis e conscientes em relação ao manejo de resíduos secos e orgânicos. O mundo mudou e a sociedade precisa ter posturas pró-ativas para que possam compreender as iniciativas que ressaltam a valorização dos resíduos que geram oportunidade de trabalho e renda para os catadores”, afirmou Tarcísio.
Ao final da apresentação, Ana Soraya, Tarcísio e Tadeu Pais, gerente de Planejamento da Amlurb promoveram um debate para responderem os questionamentos da plateia sobre a temática.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Serviços
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